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29/11/2011

É mais um dia...

É mais um dia, e tudo o que se passou resume-se a sorrisos, abraços sentidos espirituais, palavras expressas na força de um impulso por controlar. Debaixo de terra, permanecem mil histórias para contar ao vizinho do lado, à pessoa mais próxima, seja através de olhares, de beijos, de carícias, de abraços, de todas as formas possíveis e imaginárias que nos fazem girar em torno de nós mesmos. Na carruagem, os olhares encontram-se, atravessando inúmeros postes metálicos, capazes de sentir as mais ínfimas vibrações causadas pelas sensações que abraçam os transeuntes que ali estão de passagem. As expressões são demonstradas através de sorrisos tímidos para o nosso interior, acabando por não demonstrar nada físico e visível ao olhar da outra pessoa mas sim da sua alma. Nem mesmo aquela que tiver uma grande sensibilidade aperceber-se-à do que está a acontecer naquele espaço de tempo tão curto que responde a tanto. Os olhares complementam-se e cumprimentam-se, expressam ternuras palavras de amor, de socorro, de auxílio, de busca de desejo. As mãos contraem-se e esfregam-se uma na outra, em sinal de busca de prazer, em imaginação flutuante procurando o prazer carnal. Os gestos determinam os nossos desejos e ansiedades em busca de uma felicidade eterna que não passa de uma miragem, e mesmo sabendo dessa verdade limita-mo-nos a vivê-la da forma mais intensa e duradoura possível.


André Prado

28/11/2011

Verdades escondidas

Há uma verdade escondida entre todas as folhas caídas no chão, entre todos os amores espalhados pela cidade, entre todas as estrelas brilhantes donas do céu. Há uma verdade escondida entre todos os cidadãos comuns, entre as partículas de água adensadas no parapeito da minha janela, entre todas as janelas embaciadas provenientes de um frio que tomou de assalto todas as ruas à minha volta. Há uma verdade escondida entre a razão de viver, entre o amor que sinto, entre a saudade e o destino. A sabedoria de um coração que nem sempre tem razão naquilo que faz, naquilo que diz, naquilo que expressa, naquilo que sente. É involuntário, e incontrolável, e inexplicável. É uma verdade escondida, que somente os Deuses podem saber, e é alheia aos comuns mortais. Há uma verdade escondida entre a emoção e o desejo. Está explícito no meu olhar, em cada toque, em cada forma de falar e de sentir tudo à minha volta. É uma percepção real de uma necessidade incontrolável de exprimir todo o meu sentimento, toda a minha ansiedade, toda a minha fúria através de gestos. São pequenos gestos que dizem tudo, que abordam o nada, que abraçam os que me são mais próximos e os que me estão mais distantes. Os meus gestos denotam a minha frieza causada pelos dissabores e amarguras da vida, pelo coração que foi despedaçado outrora e cujos pedaços estão caídos no chão à espera de serem colhidos e reformulados, com novos sentimentos, renovados, verdadeiros e sinceros. A espera pelas palavras proferidas é cada vez maior, mas a esperança não morre e reside em mim, como desde o primeiro dia que conheci o significado da vida. Há uma verdade escondida por detrás dos meus olhos, dos meus gestos, das minhas palavras, e da minha existência.



André Prado

26/11/2011

Elos de ligação

Sinto sede, tenho uma enorme vontade, uma enorme ânsia de sentir o teu estado de espírito. Entender os teus receios, as tuas razões, a tua necessidade de mostrar ao mundo quem és. Perceber aquilo que falas com o coração, pois nem sempre é tão fácil descodificá-lo mais do que com um simples olhar ternurento, apaixonante, é preciso que também me abras as portas, para eu poder entrar, entrar de rompante, deixar a minha marca, e caminharmos juntos deixando as pegadas da vida. Sorrir naturalmente, espalhar felicidade pelos cantos do mundo, mais do que entender, viver o momento. Perceber que o amor não pode ser construído única e exclusivamente por um ser humano, mas sim por um conjunto deles. Espalhar a magia pelas ruas da amargura, e torná-las lugares inesquecíveis, que fiquem para história de todo o sempre, de toda a eternidade. Criar a nossa ponte, que nos permita estar em sintonia, em ligação um com o outro, mais do que uma ponte móvel, uma ponte estável emocional que só nós somos donos de si mesma, e apenas nós podemos atravessá-la ao encontro um do outro.



André Prado

23/11/2011

Livro fechado

Não passo de um livro fechado. Sou um livro fechado a 7 chaves, que pouco é aberto e consegue ser desvendado. O meu olhar pouco exterioriza e levo com ele o mistério dos mistérios. Estarei a sorrir, estarei a dizer-te "Quero-te!", ou estarei simplesmente a olhar por olhar? Permaneço no meu canto, e o meu olhar é o meu melhor amigo. Através dele consigo desvendar cada história, cada faceta, cada emoção que vai na outra pessoa, mas o meu está bastante guardado, e poucos o conseguem desvendar na realidade. Guardo os sentimentos bem guardados pois são dos bens mais preciosos que tenho, que não posso deixar de fugir, pois se os deixo, a minha razão de existência cai por terra e nada serei. Em cada página da minha vida, levo a lembrança do passado e os momentos bons que ficaram e permaneceram, na outra página deste meu livro está um papel de "rascunho" à espera de ser escrito, à espera de mais uma história, mais uma história para acrescentar ao comboio da minha vida. Convido-te a entrares na carruagem, se tiveres vontade de mil aventuras, de conhecer os lados mais obscuros, de explorar as emoções no seu máximo esplendor, se tiveres vontade de viver. Acompanha-me nesta viagem e sente a vida tal como eu sinto. Posso ser um livro fechado a 7chaves, mas se fores capaz de me acompanhar nas emoções conseguirás abri-lo e perceber muita coisa que não está revelada. 



André Prado

22/11/2011

Nostalgia

Hoje acordei nostálgico, acordei a lembrar-me dos tempos de outrora, onde os sorrisos pareciam mais sinceros e verdadeiros, onde as brincadeiras não passavam de brincadeiras, e tudo tinha um significado especial, um atributo específico para aquilo que significava e daí não passava. O sol brilhava para todos e não só para alguns como hoje em dia é, a fome não era tanta, o desperdício não era em grandes proporções, a felicidade lá conseguia preencher cada família aos poucos e poucos, o trabalho existia o sacríficio idem mas ainda havia a possibilidade de se poder sorrir, poder viver tranquilamente, e pensar, "eu até sou feliz com o pouco que tenho". Agora as coisas mudaram e tudo está diferente, lá fora o céu anda carregado, a fúria está contida por entre as nuvens e as pessoas não conseguem sentir e muito menos expressarem-se, pois estão tão cegas de raiva, de fúria, de ódio que mal forças têm para se exprimir. O mundo está a cair para um abismo gigante, as ideias de pensamento estão tão paradas e tão obscuras, que é como se vivêssemos uma "ditadura abstracta". Tentam calar-nos as verdade com as mentiras que insistem em mostrar à humanidade, ocultar-nos da realidade introduzindo-nos num mundo falso, que parece ter nexo, mas que ao fim ao cabo está apenas controlado por grandes poderes (e não falo de divindades nem poderes vindos lá de cima) capazes de modelar o nosso pensamento, capazes de nos transportar para outra realidade. Fazem-nos ter medo do que vem, do que está para vir, de modo a que possam controlar tudo como sempre pretenderam, e a realidade é que o agnosticismo, o individualismo está cada vez mais presente em cada um de nós. A necessidade de amar, é neste momento escassa, e afinal é das únicas coisas que ligam cada ser humano a outro, e tudo a isso está a evaporar-se a passos largos tornando as pessoas mais frias, sem sentimentos, capazes de "assassinar" outros seres humanos. Que a discórdia existe, e os diferentes pensamentos idem é certo, no entanto onde paira o respeito pelo outro, o respeito pelas diferentes opiniões, pelas ideologias que cada um defende? Está na altura de revirar este mundo, pois já está virado do avesso, e não é isto certamente que queremos para longo prazo, uma guerra, uma discórdia, um final triste, doloroso e sem nexo.




André Prado

21/11/2011

Saudades do tudo e do nada

São saudades aquilo que eu sinto, saudades de um passado distante, onde havia alegria infelicidade, mas estas eram proporcionais (ou não). Tenho saudades sinceras de como tudo era bonito, como os sentimentos eram quase perfeitos (não que não o sejam agora) onde tudo parecia um pouco mais fácil. As complicações existentes eram "fáceis" de resolver, e se resolvessem ficavam resolvidas e pronto. De facto quando se diz que o mundo dos adultos é mais complicado, não é mentira nenhuma, e de forma alguma não podemos criticar. Os adultos fazem a vida mais difícil, mais complicada, será isso bem real? Bem, não sei ao certo se de facto essa "teoria" se confirma, porque acho que depende muito da pessoa em questão, e também de feitios e personalidades, pois ao fim ao cabo não somos igual a nenhum outro ser humano (eu gosto de jazz, e tu hás-de gostar de música House). O que posso salientar aqui é que hoje passamos a vida a complicar as coisas, e isso não ajuda nem abona a nosso favor, pois por si só as coisas já são demasiado complicas e complexas para entender, quanto mais explicá-las aos nossos irmãos mais novos, às crianças, aos mais pequenos, e até mesmo a alguns amigos com idades inferiores. Mas não querendo distanciar-me muito do que me trouxe aqui (A Saudade) continuo as minhas divagações. Tenho reais saudades de ouvir aquela música na rádio que enchia-me os pulmões de adrenalina, uma adrenalina quase incontrolável mas que era uma sensação tão única. Saudade do cheiro da terra molhada depois de um dia de aulas estafante, em que se passou mil e uma coisas (desde sorrisos com a rapariga da sala lá do fundo, ao ter jogado à bola no pátio, a ser acarinhado por os que me rodeavam) em que reinava a alegria, felicidade, e os momentos melancólicos ficavam para depois, mais tarde quando já estivesse no meu reino (onde fantasiava o meu mundo, à minha maneira).
Enfim conseguem ser saudades de um tudo e de um nada. Do passado retenho as boas memórias, as más apenas trago comigo para relembrar aquilo em que errei, que podia fazer de outra maneira e não o fiz, no entanto como uma expressão diz e faz parte da minha filosofia de vida << Tudo acontece por uma razão>>, não devo ter pressa de viver. Deixa-te levar, deixa que os sentimentos fluam, deixa que as brigas surjam e os namoros corram. Deixa que tudo o que é mau desapareça progressivamente para que possas atingir os teus objectivos, a tua felicidade, a tua paz interior. E assim é que deve ser, pois tudo tem uma razão de acontecer, tal como por exemplo: Eu tive de esperar 18 anos para poder beber álcool, ou até mesmo ver filmes para adultos, ou poder frequentar determinados sítios. Tudo isto faz parte, e há de ser sempre assim. Pressa de viver para quê? Para passarem os anos que nem uma flecha e acordar amanhã de manhã e ser um pai de 2 filhos e divorciado, ou ter uma mulher linda mas ter uma amante ao mesmo tempo. Não propriamente fará parte dos meus planos, nem pouco mais ao menos tem algo a ver comigo, com a minha forma de ser/estar, nem vai de encontro com a minha personalidade. Viver dia por dia, saborear ao máximo, sentir cada toque de forma diferente e especial. Se hoje estou contigo, não significa que amanhã estarei, mas que passaste por mim e me marcaste de certa forma, isso é garantido (seja pelos aspectos positivos ou não).
O Sol brilha para todos, bastando para isso nós criarmos o nosso próprio sol. Pode estar o dia mais cinzento, o céu carregado de mil fúrias, e as nuvens a pairarem sobre nós como se estivessem a cobrar uma dívida. Mas nós temos o "poder" de agarrarmos o nosso próprio sol, e para isso basta encher-mo-nos de coisas positivas, que nos completem.



André Prado

20/11/2011

Continuo a ser o mesmo


Os anos passam, os segundos passam, os minutos correm, os milésimos de segundo desaparece, mas eu continuo a ser o mesmo. Mantenho-me fiel a mim mesmo, embora já tenham tentado fazer-me ver o contrário. Já tentei ser uma pessoa fria, implacável, calculista, esperto, mas não consigo, porque quer queira quer não todos os lugares vão dar ao meu "verdadeiro EU", mesmo que eu não queira, ou que não me seja favorável nos mais diversos contextos da vida. Aprendi que temos de ser nós próprios, pois fingidores são os poetas, são os actores que desempenham inúmeros e inúmeros papéis, entre falas contraditórias em que contradizem-se e contrariam os seus sentimentos. A minha essência permanece, e eu continuo aqui a defender os meus valores e príncipios, aos quais sou COMPLETAMENTE fiel e dos quais me orgulho muito. Sou eu assim, com os meus defeitos e virtudes, à vista de quem quiser observar com atenção. 


  

André Prado

A noite cai

A noite cai, e eu permaneço aqui num turbilhão de emoções, num mundo que gira, dá voltas completas em si, e alimenta-me o prazer. O céu lá fora está escuro, e entre ele para além de ti existem as estrelas que brilham cegamente. O frio que se faz sentir corta-me a respiração, mas se tu estás por perto a chama da minha alma reacende e não torna a apagar. É como se fosse um "íman", pois este coração precisa de ser alimentado, e tu consegues fazê-lo das mais diversas formas. Tocas de uma forma inocente, com o teu sorriso, com o teu olhar, com a tua forma de falar, agarras-me com o teu coração e fizeste despertar em mim um sentimento que há muito estava perdido e que algo me diz que renasceu. Fazes com que as palavras que solto venham mais puras, mais cheias de vida, e com uma verdade que há muito estava escondida. Esta noite levo-te comigo, só mais um instante, só mais um momento, esta noite tu ficas no meu pensamento.



André Prado

16/11/2011

Encontros e desencontros

As mesas transpiram de humidade, causadas pelo frio gélido dos dias de Inverno. Os corpos movem-se em formas circundantes, espalham a sua essência pelas horas que decorrem e que acolhe todos os seres mais belos. O melhor e o pior cruza-se constantemente dizendo um "olá" e acenando com um "adeus". Frases de apaixonados, de enfurecidos, de melancólicos, de destemido ecoam pelo parque, e os pássaros acolhem com a sua sabedoria chilreando e esvoaçando sobre as mesas ali expostas.
O tempo passa, e a noite cai. Foi mais um dia de encontros e desencontros



André Prado

É a tua ausência


A tua ausência, o teu silêncio matam-me lentamente. Sufoca-me por dentro, prende-me os músculos, e espeta com as suas pontas afiadas directo ao coração. Já parece que não me conheço, que não sei quem sou, que não sei de onde venho, nem para onde vou. O meu caminho é aleatório, e estou sem um traço, uma rota, algo que me leve até a ti, algo que te prenda a mim. Tudo o que consigo sentir é o frio dos dias que teima em entrar impetuosamente pela alma dentro, sem pedir licença, ou com alguma compaixão. O caminho está por e simplesmente enevoado e não consigo perceber qual é a minha direita, qual é a minha esquerda, onde está a felicidade que tanto ambiciono, ou o amor que tenho para te dar. De que me vale sentir apenas qualquer tipo de sentimento, se tu não estás aqui, se te sinto longe, se cada vez mais estás distante, se eu não te encontro nos meus sonhos, quanto mais na realidade.
As forças esgotam-se mas agora que penso bem... quais forças?! eu não tenho forças, o coração por si só trabalha se penso em ti em qualquer momento, em qualquer altura.



André Prado

14/11/2011

Lençóis emaranhados

Lençóis emaranhados
Beijos Roubados
Sentimentos viciados
Que há muito estão ultrapassados

Um novo ar puro atravesa
esta alma indefesa, que não tem pressa
de encontrar a paz interior
mesmo que tenha de suportar algum tipo de dor

Novos jogos, novos esquemas
Que me trazem dilemas
Sendo que o principal
é eu saber quem tu és

Serás tu uma miragem
Alguém que idealizei
Alguém com quem eu sempre sonhei

Não acredito que sejas tão invisível
Que eu não posso sequer tocar-te
Porque o meu único desejo, é poder amar-te




André Prado 

13/11/2011

Mais do que meros sorrisos, abraços, beijos

Uma mera passagem, um mero momento passado em vários anos que dura apenas num minuto? A vida é muito mais do que meros sorrisos, abraços, beijos. É a partilha do conhecimento, da sabedoria, do amor, da amizade, dos momentos mais íntimos, dos nossos pensamentos. Guardar tudo para mim de nada serve, ocultar tudo na minha cabeça também não. Vou guardar na minha memória apenas para quê? Para me recordar sempre que quiser? E se eu escrever num papel, se eu registar os momentos mais marcantes e menos marcantes da minha vida? Acredito que sentir-me-ei bem melhor, sentir-me-ei mais leve, pronto a amar, pronto a seguir a minha vida, em busca de uma felicidade inigualável. Dizem que o sonho comanda a vida, e eu cada vez mais tenho certezas disso. Sonhar alto não fez mal a ninguém, e não nos devemos restringir apenas aos sonhos  (quando vamos dormir após aquele dia exaustivo cheio de alegrias, tristezas, melancolias) em que passam-se horas e horas, e entramos noutro mundo, um mundo que nós criamos, um mundo que é nosso e só nosso, mas que muitas vezes os "outros" apropriam-se dele. Viver, sorrir, abraçar, chorar, sentir, pensar, falar, amar, ouvir, tudo isto faz parte de ontem, de hoje, do amanhã, do depois de amanhã. Aprendi até hoje, que é preciso chorar para poder sorrir, é preciso cair inúmeras vezes para me levantar, é preciso ouvir para falar, é preciso sentir para poder amar, é preciso existir para poder viver, e eu preciso de ti para te abraçar.



André Prado

12/11/2011

Eu tentei

Tentei amar-te às escondidas
tentei seguir a minha vida
tentei sorrir-te secretamente
tentei beijar-te loucamente

Tentei por vezes cometer actos de loucura
Mas a razão prendeu-me
Poderia libertar-me deste sentimento
Mas não consegui fazê-lo

O que eu dava hoje para te poder ver
Mostrar-te aquilo que és
Mas o perigoso da razão faz-me ficar em baixas marés

A despedida não é algo a que eu me proponha
Mas este sentimento forte já há muito perdura
Está por isso na altura de acabar com esta dor
É um sentimento estranho, a que muitos chamam de amor


(Nem sempre conseguimos aquilo que queremos, desejamos, depende do contexto na vida, mas há sempre uma razão por detrás de tudo. Aquilo que hoje fazemos, terá a sua consequência amanhã. Mais vale arrepender-me de algo que fiz, do que algo que não fiz, pois o sentimento de frustração será maior, por não ter tentado sequer.)




André Prado

08/11/2011

Palavras que me consolam


Vou seguindo, caminhando, lá escrevo mais umas palavras, umas linhas, e mais algumas coisas são ditas. Outras vou deixando por fazer.
Ah!..., como me arrependo de não dizer tanta vez aquilo que penso, falar o que me vai na alma, passar as acções dos meus sentimentos. O que o coração fala, os músculos não respondem, e as atitudes permanecem no mesmo sítio. Estou intacto, e assim permaneço. Limito-me apenas a sentir o frio da brisa, e a força das rajadas que se fazem sentir lá fora. O gelo congela-me a voz, mas a raiva, indignação aquece-me o pensamento.
Sei que um dia, mais tarde ou mais cedo, tudo esvair-se-á em gritos de dor, de revolta, mas mesmo assim tento buscar o prazer das minhas palavras, palavras essas que me consolam.




André Prado

06/11/2011

Doce Novembro

Doce Chuva, doce terra molhada, chegaste para invadir as almas puras, e para fazer despertar os mais distraídos. Com a tua subtileza vais descarregando todas as alegrias e todas as mágoas que trazes carregada, à espera de apontar o próximo. Trazes contigo os cheiros característicos, mesmo até para aqueles que não têm um olfacto apurado, a tua chuva tenta lavar a tristeza das almas perdidas, e abençoar os mais encaminhados. De um jeito ou de outro, vieste para ficar, e eu vou-te abraçar, com todo o meu carinho, com toda a minha ternura, pois só tu me compreendes e consegues entender-me.

"Que Novembro me traga os sorriso que Outubro me roubou" 



André Prado

04/11/2011

Preciso de ti

Preciso de ti,

preciso que estejas aqui para me amparar a queda, para eu poder libertar-me desta prisão profunda que me assola esta alma. O meu espírito divaga e vagueia por aí, mas o meu corpo esse sim está preso ao chão, como uma âncora enterrada nos confins do oceano. A voz não sai, e o grito de dor cá dentro agiganta-se amedrontando todas as esperanças que ainda me restam, mas sozinho sinto que não estou a conseguir libertar-me para conseguir voar mais alto, chegar ao meu "habitat", na companhia daquilo que me faz feliz e tranquilo.

Não faço ideia onde estás nem quem és, mas sei apenas que preciso de ti. 















André Prado

03/11/2011

É tempo de amar

E o dia chega ao fim, e com ele chega também a altura dos sonhos. Está na hora de nos libertarmos, e deixar o corpo voar ao sabor do nosso sentimento mais íntimo e puro, deixarmos de lado os problemas e voar, voar mais alto.
Quero libertar-me dos problemas, quero sentir, saborear, sentir o teu toque em mim, ter este prazer carnal como nunca antes tido, colocar-te nos meus braços e fazer-te escrava do meu prazer. Vem saciar o meu desejo, entrega-te ao desejo, nua de preconceitos. É tempo de amar!



André Prado 

01/11/2011

Dar/Receber


Há coisas que não me passam despercebidas e esta foi uma delas. Pura realidade isso sim. Enquanto for vivo e conhecer pessoas como estas há esperança. Ainda bem que ainda existem seres humanos que vivem com o coração e não com a cabeça apenas no dinheiro e nos "bens" materiais. 
 
 André Prado
 

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