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23/01/2012

Intensidade

Coloco e gosto de colocar, intensidade, em tudo o que os meus olhos vêem e alcançam. Tenho um real prazer em viver, cada momento como único, sem pensar no que virá a seguir. Pensar no amanhã, deixo isso para o Destino, aquele que seja traçado e aquele que me seja destinado. Viver com harmonia, viver em alegria, sorrindo, abraçando, espalhando amor e felicidade, em todos os que me rodeiam, que me querem bem que me apreçam nas suas vidas, em que eu consigo sentir isso bem cá dentro. A intensidade com que vivo a vida é minha, e mais ninguém poderá definir, muito menos eu. Esta intensidade não dá para definir, não tem definição, não tem explicação, é da vida e da razão.



André Prado

16/01/2012

Validade das Palavras

Há certas palavras, ou há várias palavras que gostamos de dizer, que queremos dizer a quem nos apetece, sejam em pensamento, sejam por terceiros, sejam em diálogo com a própria pessoa. São palavras que nos saem muitas vezes por instinto, outras propositadamente. Na maior parte dos casos, uma vez ditas podem ser muito poderosas, depende da interpretação que tiverem, ou no único contexto que sejam ditas. São uma arma, que só quem sabe usar é que as deve usar, pois uma vez mal manuseadas poderão ter uma consequência catastrófica, arrasando corações, almas e seres vivos. Devem ser usadas com calma, com sabedoria, com vontade, e não tratadas de forma desprezível (como muito vejo por aí), usadas com carinho, usadas com raiva, mas serem usadas com um propósito, com vontade, com noção de que estamos a usá-las e termos também uma pequena noção do que poderemos estar a criar em quem irá ouvi-las ou lê-las.
E eu questiono-me então. Até que ponto as nossas palavras terão validade? Será que aquelas palavras que dissemos outrora, hoje têm o mesmo significado? Terão o mesmo intuito, mesmo sendo para uma pessoa diferente? Creio que não encontro uma resposta, nem uma ciência exacta para conseguir definir tal questão. No entanto, entendo que a "palavra", não assume os contornos que muitas vezes pretendemos, pois independentemente da nossa vontade e do significado "real" da mesma, os outros poderão cair na "tentação" de outra interpretação, fazendo de propósito ou simplesmente pelo facto de interpretarem de forma diferente as situações. As palavras podem ser ditas várias vezes, desde que saibamos usá-las. Poderão ser válidas para aquela pessoa, como poderão ser válidas para a "outra" pessoa, tudo dependendo do contexto em que as inserimos, e o ênfase que levam ou não.

Realidades pronunciadas


Estamos em pleno século XXI, e parece que a Humanidade regride em vez de avançar, sermos capazes de avançar, progredir, sermos capazes de colocar em prática a nossa sabedoria. Hoje em dia, o protagonismo persiste, e cada um quer elevar o seu individualismo a um máximo, como se tratasse da sua melhor virtude e cai tudo por terra quando paramos para pensar e reflectir, porém é apenas um momento/fase e disso não passa pois observo de longe e tudo continua na mesma (como a lesma).
A Sabedoria perdeu-se, a cultura geral ainda mais e a vontade do cultivo da mente e do corpo também. A classificação de Ser Humano não faz jus à palavra e é no fim de contas uma desonra para aqueles que lutaram, que sacrificaram, que batalharam outrora, e que fazem parte da História, com séculos e séculos de Vida.
Hoje perdem-se princípios e valores, regras e normas da vida que dão lugar ao supérfluo, ao ridículo dos ridículos. A capacidade de resposta às adversidades do quotidiano e da vida é praticamente nula em larga maioria, numa Sociedade composta por milhões de Pessoas. Insistem em assistir a um Circo, que os destrói, corrói e despersonaliza numa constante que parece não ter fim.

Não sou um crítico, professor, doutrinário, sábio, revolucionário, com uma sabedoria excessiva. Sou simplesmente um mero espectador que observa atentamente o que me rodeia, mantendo unicamente os meus princípios e valores pelos quais me rejo e sigo à risca.




André Prado

12/01/2012

Pensamentos nas nuvens

Chega a noite, chega o cansaço por dentro da cabeça, e as pálpebras sentem-se pesadas, quase ao ponto de fechar. Turbilhão de emoções, sensações e criações sentem-se no meu pensamento, ao mesmo tempo que os sentimentos invadem a minha alma. Todo o meu corpo estremece, e lentamente fica estático. Acabo por me entregar ao tempo, ao sabor das nuvens que ousam sobrevoar o meu quarto, o meu mundo, dando o seu toque de paixão, por entre o brilho do luar, junto da imensidão das estrelas. Por momento começo a pensar em tudo, e um tudo do nada. Sempre contraditório vai o meu pensamento, e o coração foge a sete pés da irrealidade, porque o real é mais perto e mais verdadeiro, e por muito que doa, por muito que exista, há sempre de optar por isso pois "Prefiro uma verdade que magoe e doe, do que uma mentira falsa e ilusória". Recordo com carinho, ternura, todos os passos dados anteriormente, não imaginando o futuro, pois vivo o presente sem pensar no amanhã, sem pensar no que virá, pois o futuro é incerto e uma real incógnita que não nos pertence, mas sim do que o destino ou alguma força superior possa fazer/decidir. Coloco-me sentado em frente ao computador, mas sinto que ele não está lá. Os meus dedos involuntariamente despertam, e sentem uma vontade imensa de escrever, de transportar o meu corpo para um outro lugar, para outro mundo. O meu olhar repousa e deixa-se cobrir pelas nuvens sem lágrimas, pelo céu estrelado, pela imensidão da noite que demonstra força pela sua ousadia em me recolher.



André Prado

08/01/2012

Vivendo das Aparências

Há muito que deixei de boas aparências. Deixei de dar importância a um bonito cabelo, ondulado, aquela camisa bonita que toda a gente usa, ou aquelas calças enrugadas por dentro dos ténis todos coloridos, que meio mundo utiliza. Não posso pactuar com algo que não acredito, que não gosto e muito menos não valorizo. Deixei de olhar para os bonitos cabelos, longos, ondulados, da roupa das meninas que julgam ser Mulheres, quando não passam mesmo de uma simples aparência, pois quando se tem uma oportunidade de falar com as mesmas, damos valor à nossa mãe, à nossa tia, à nossa chefe, porque isso sim eram e são verdadeiras mulheres, com saber, com vida, com experiência, com algo a ensinar. Hoje, em pleno século XXI, vivemos muito das aparências. As mulheres, estão neste mundo na sua zona de conforto, e muitas até ultrapassam essa própria zona, querendo mais e mais, ambicionando mais e mais, chegando a um extremismo sem fim, que coloca em causa o seu Verdadeiro significado de mulher, e a sua atribuição. Vivemos em função daquilo que os outros gostam, daquilo que fazem, daquilo que gostam de fazer, porque se eu não gosto daquilo que gostam, sou colocado de lado, se não gosto daquilo que fazem no dia-a-dia sou anti-social e colocam-me de lado, se eu não faço aquilo que fazem pura e simplesmente não faço parte da Sociedade. Muitos, se calhar, pensam, ousam pensar, mas poucos são aqueles que têm capacidade e discernimento para mostrar uma outra realidade. A mim, Deus, e juntamente o meu pai e a minha mãe, deram-me uma cabeça para pensar, agir e reflectir (vice-versa), ofereceram-me uma boca, para falar, para calar outras, para expressar tudo aquilo que sinto, e deram-me ouvidos para escutar atentamente, interiorizar e saber. Eu faço uso dos mesmos, e não tenho vergonha, não tenho problemas em fazê-lo, porque acima de tudo sou Ser Humano, e se de facto nos foram atribuídos estes "Sentidos" por alguma razão foi. Como aquela expressão célebre "As coisas não acontecem ao acaso, têm sempre uma razão de acontecer", e é algo com o qual estou superlativamente de acordo e sem dúvida que aplico muito na minha vida, das mais diversas formas.


Se de facto é esta a Sociedade em que vivemos, e tentamos progredir, eu prefiro "outra" Sociedade, prefiro criar o meu mundo, com as pessoas que eu quero, de quem eu gosto, que eu prezo na minha vida, e que tenho orgulho daquilo que são como Pessoas. Não valorizo a hipocrisia, condeno-a veementemente e acho que só consegue distorcer a alma de um Ser, consegue perturbar a sua mente e consegue fazer com que um lado falso, fale mais alto. Infelizmente, a Vida não é fácil, e muitas vezes nos obriga a fazer algo que não queremos, a usar capas que nunca comprámos, e usar palas para além do Carnaval. É uma triste realidade, que a meu ver, assola completamente o Mundo em que vivemos, mas eu prefiro mil vezes ser íntegro, ser sincero, dizer as verdades que penso e acho, e agir em conformidade com os meus princípios e valores.



André Prado

04/01/2012

Uma cor igual, uma alma diferente

Estou aqui, repousado, sem capas, sem palas, destemido, com uma voz para falar, para gritar, para expressar, sejam gritos de alegria sejam gritos de dor. A minha alma suspira lentamente, e diabolicamente, de uma forma desconhecida para uns, conhecida para outros. Levanto o meu olhar sobre o que me rodeia, e reflicto. Paro para pensar, imaginar, como tudo seria aos meus verdadeiros olhos, e não o que os olhos vêem efectivamente. Seria tudo diferente, de uma só cor, uma cor sincera, mas despida, com actos regulares, com decências, com formas normais de ser e contornos belos, puros. Essa cor transpiraria todo o tipo de emoções, topo o tipo de sensações. Mas se calhar tudo seria igual, por esta ordem de ideias, porém tudo seria mais simples, e as complicações evaporavam-se, desapareciam de uma forma breve.
Mas nem tudo é assim como imaginamos, como sonharíamos, ou como por momentos pensamos. Eu gosto de voar, e gosto de sentir as nuvens. Gosto que estas me abracem, sem vergonha, com loucura, e sejam vivas nos seus abraços.



André Prado

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